sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Poesia - Velório


Preguiça de ler? Deixa que eu recito pra você
Música: Réquiem de Cordas, CDZ 



O cheiro do perfume compete
Com o cheiro do formol,
Que encobre o odor da morte,
Para verem qual o mais forte

O corpo frio e enrijecido
Daquele que dorme... contrasta
Com a lembrança da quentura e maciez
Do falecido

O sorriso e o traje de gala
Do ser amado... destaca
A tristeza e os negros trajes
dos convidados

O silêncio e as lágrimas que escorrem
Por debaixo dos véus... diferem-se
Da festa e da alegria que vive
A alma no céu


Pedro de Azevedo, março de 2010, durante aula no cursinho


Todo dia alguém morre, mas todo alguém tem sempre um nome, uma história. Dessa forma, pessoas que acompanharam parte da vida desse alguém prestam-lhe uma última homenagem, num evento assolado por lágrimas e tristeza: o velório. Refletindo sobre uma dessas experiências, escrevi esse poema, em 2010, o qual resume minha percepção desse delicado momento.

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