sexta-feira, 11 de março de 2011

Aventuras no interior de Minas







Cheguei de viagem de Biquinhas-MG há uns dois dias e, como eu previ, o carnaval lá pareceu mais dia de finados. Só que não foi porque lá é uma cidadezinha no meio do nada, mas porque choveu dia e noite, de sábado a terça. Apenas não vimos água no dia em que fomos embora, na quarta-feira, porque saímos pela manhã. De qualquer forma, tivemos nossos momentos de aventura. Confira.

Saímos em dois carros carregando ao todo 7 pessoas, às 10:00h da manhã no sábado, e às 14h, engraçado, encontrei com um colega de infância, o Matheus Noleto, no restaurante de um posto de combustível.

Turma pegando a balsa 
na volta a Brasília
Para se chegar a Biquinhas, o caminho mais curto é pegando uma estrada de terra de 18 km, que dá acesso a uma balsa que, por sua vez, atravessa o rio São Francisco, tendo de pegar mais um trecho de terra até se alcançar a rodovia. Assim, na esperança de alcançar a balsa das 17h e seguindo as orientações do GPS, entramos, por descuido, numa estrada de terra 5 km anterior à que deveríamos pegar, mas com 30 km de extensão. Após cerca de 1h de travessia, e sem saber se haveria uma balsa ali para nos levar, alcançamos a margem do grande rio.

Já anoitecia quando partimos à margem oposta. Além de nós, haviam mais dois carros e um ônibus fretado que, assim que chegou, notamos que carregava uma turminha do mau - o ônibus chegou cantando pneu, com baderneiros fazendo baderna. Após a travessia, já escuro, partimos para o segundo trecho de terra. Devido à chuva que tem assolado o país, o caminho estava lama pura. Os carros vinham que nem em rally, deslizando como sabão na música dos Mamonas Assassinas. Estava achando bem massa até que atolamos, no escuro, no meio da noite, próximo ao nada. Logo atrás vinha o resto do pessoal no Gol vermelho (meu primo Fábbio e seus pais). Passaram por nós cerca de 20 metros metros, quando fomos alcançados pelo ônibus excomungado. Os caras vinhas gritando um bando de palavras que, de tão educadas, não pude decifrá-las, mas imagino que fosse algo do tipo "se fuderam! saiam da frente! atolaram hahahaha". Eu, minha irmã e uma prima, a Anna Paula (sim, com 2 "n") descemos do carro para empurrá-lo. Lógico que nos cagamos um pouco, tanto pela lama, quanto pelo medo do acontecido. Enquanto isso, o ônibus parecia querer passar por cima do Gol, daí meu primo teve que lançar o carro pra esquerda, atolando-se também. Ficou todo atoladinho. Logo pudemos sair e prosseguir viagem.

Zé Ruela pondo a boca no trombone
Lá em Bicas não fizemos muita coisa por causa da chuva. O mais legal que achei foi ter descido a cidade na garupa de uma bike sem freio. No entanto chegamos a ir até Abaeté, que fica a 50 km de Biquinhas, curtir o carnaval de lá. Não havia muita gente, mas tinha um trio elétrico e um palco onde estava ocorrendo uma competição infantil da dança do créu. De qualquer forma, ir para o interior é sempre uma experiência positiva. Casas sem porteira, vida sem assaltos, doce de leite caseiro, botequinho onde todos se conhecem, acordar com o galo cantando... É uma vida não sem preocupações, mas com preocupações não estressantes. No entanto, o galo cantou apenas no primeiro dia, já que o cozinharam para o almoço. Um sacrifício fútil, não acho que nossa visita fosse digna da vida do coitado. Quem o rangou também foi o sábio frei Geraldo, que celebra missas perto de casa, na Paróquia Nossa Senhora do Carmo. Ele dirigia em direção a Paineiras, a 18 km de Bicas, quando viu o carro do meu pai. Ele sabia que passaríamos o feriado lá, mas não deixa de ser uma coincidência nos encontrarmos.

E, enfim, retornamos a Brasília numa quarta-feira ensolarada. Na quinta, ainda em espírito de roça, acordei e abri a porta da varanda para ver o dia recém-chegado. Esqueci de desarmar o alarme anti-roubo, e este tocou na maior altura. Pois é, pelo visto esqueci-me também que já havia retornado à prisão sem grades: a cidade grande.



Abraços, Pedro Henrique
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6 comentários:

  1. Vim correndo conferir se não tinha nenhuma merda indevida, como de costume... Rsrs

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  2. Sou tão atencioso que, detalhe, encobri a placa do carro =p

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  3. Já tinha observado... Tá encoberta pela bandeira GLS... Rsrs

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  4. cheguei de viagem há* uns dois dias atrás

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  5. Caçando erro de português né, deve ter sido difícil encontrar um
    hahaha vlw fiz a mudança

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  6. hehehe, foi tão difícil que tava na primeira linha logo! uaiehuiaeh mas gostei do texto... até tinha comentado outra coisa, mas acho que não postou... era de que eu quase passei o carnaval em abaeté, que é a cidade da família da minha namorada... imagina se a gente acaba se esbarrando por lá! hehehe

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