segunda-feira, 25 de abril de 2011

Brasília véia - homenagem rimada

A Justiça, sendo cega, não enxerga o Brasil e seu povo,
aqui simbolizados pela bandeira e pelos Dois Candangos 


Brasília: seria a cidade um sonho em utopia, ou uma concreta realidade? Pretendida a ser símbolo de desenvolvimento, completa agora 51 anos de crescimento. E um presente indesejado lhe foi dado: obras superfaturadas, verbas desviadas, concursos burlados. A capital federal revela-se tão real quanto as árvores do cerrado – uma realidade contorcida.
A utopia da cidade está na própria democracia: os candangos, que a conceberam, provam ainda da cegueira da Justiça. Ergueram palácios, monumentos e inúmeras outras extravagâncias. Continuam, no entanto, a permanecer nos limites da Candangolândia. A corrupção, essa malandra, apenas mudou de endereço: trouxe suas sementes do Rio de Janeiro, no leste, plantando-as pelo Centro-Oeste.
Os bandeirantes, que no Barroco desbravaram o interior do Brasil, revelando minas, são hoje herois nacionais, mesmo tendo escravizado negros, dilacerado indígenas. Já o candango, apesar de ser uma mistura de brasileiros que desbravaram o cerrado, foi pelo próprio povo apagado.
Brasília, entretanto, é amada, pois ajudou a desenvolver a jovem pátria. O país tornou-se grande produtor de soja e expandiu suas fronteiras internas ao urbanizar o Centro-Oeste, e industrializou-se graças ao Plano de Metas de Juscelino Kubitschek.

Felicidades, Brasília! Seus cidadãos precisarãos...


Autoria do texto e edição de imagem: Pedro de Azevedo

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