terça-feira, 19 de abril de 2011

As sete maravilhas do mundo antigo





Atribui-se ao grego Antípatro de Sídon a lista das sete maravilhas do mundo antigo. A lista trata-se de um poema que mencionava grandes construções arquitetônicas feitas pelas mãos do homem até então. Escrito durante a Antiguidade Clásica (XVIII a.C. a V d.C.), o poema abrange obras do Ocidente conhecido, do Oriente Médio e do norte da África.




A Grande Pirâmide 



Quando: aprox. 2550 a.C.
Quem: faraó Quéops e milhares de homens livres
Onde: Egito


Não à toa o monumento mais conhecido desta lista, a Pirâmide de Quéops foi, durante mais de 4 milênios, a mais alta construção feita pelo homem, sendo superada pela torre Eiffel, em 1889. Com originais 146,60 metros (mede hoje aprox. 137 metros) e construída no século XXVI a.C., a Grande Pirâmide é a única construção dessa lista que ainda resiste, e já era a mais antiga na época em que a lista foi escrita.


O complexo interior da pirâmide

Assim como nas outras pirâmides, a de Quéops orienta os quatro pontos cardeais, limitando o Delta geometricamente com o prolongamento das duas diagonais e dividindo-o em duas iguais seguindo o eixo da pirâmide, ou seja: medindo a vara egípcia 0,525 metros, o lado da base da pirâmide tem 440 varas e a sua altura atinge as 280 varas.

(...) a orientação da pirâmide permitia que os raios luminosos da estrela Sírio, ao passar pelo meridiano, penetrassem na câmara existente no seu núcleo por meio de um conduto, no momento em que se anunciava o princípio do ano egípcio e o início das inundações do rio Nilo, como a luz da estrela Polar entrava pelos condutos do norte.¹







Jardins suspensos da Babilônia



Quando: aprox. 600 a.C.
Quem: rei Nabucodonosor
Onde: Babilônia, hoje sul do Iraque

Muito pouco se sabe de tais jardins, já que jamais foram encontrados vestígios arqueológicos de sua existência, com exceção de um poço incomum que poderia ter sido usado para bombear água do rio Eufrates. Os jardins suspensos da Babilônia, feitos a mando do rei Nabucodonosor em homenagem à sua esposa mais querida, Amitis, para que se sentisse em sua terra natal. Tratam-se de seis montes de terra artificiais, presumivelmente feitos de barro cozido, que seriam arborizados com árvores e plantas tropicais, e apoiados em colunas de 25 a 100 metros de altura. Teriam sido construídos entre os séculos VII e VI a.C.





Templo de Artemis em Éfeso



Quando: séc. VI a.C.
Quem: Quersifrão e Metagenes
Onde: Éfeso, na atual Turquia
Bibliografia:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Templo_de_%C3%81rtemis_em_%C3%89feso


Ruínas do templo compreende somente
um pilar do projeto original

O que se tornou o maior templo do mundo antigo, fora um dia um pequeno templo, expandido quatro vezes em reformas ao longo do tempo. Construído no século VI a.C. em homenagem a Artemis, deusa da caça e dos animais selvagens, media 138 metros de comprimento por 71,5 metros de largura, e composto por 127 colunas de mármore, medindo aproximadamente 19,5 metros de altura cada. Destruído na noite do nascimento de Alexandre, o Grande, em 356 a.C., por Heróstrato, grego que procurava ganhar fama eterna pelo feito, foi reerguido pelo mesmo Alexandre, sendo novamente destruído por um ataque do povo godo. Atualmente encontra-se somente uma coluna de suas ruínas.





Estátua de Zeus em Olímpia



Quando: meados do séc. V a.C.
Quem: Fídias
Onde: Olímpia, Grécia



Ruínas do templo em que a estátua
se encontrava

A famosa estátua de Zeus, o senhor do Olimpo, fora trabalhada pelo escultor Fídias, por ordem de Péricles, em meados do século V a.C. Possuía, na mão direita, uma imagem da deusa da vitória, Nicéia, e na mão esquerda, um bastão com uma águia, símbolo de poder. Medindo de 12 a 15 metros de altura, possuía olhos em turquesa e fora construída com a base moldurada com ébano (um tipo de madeira nobre), e encoberta com marfim banhado a ouro em pontos determinados. Conta-se que durante a Guerra do Peloponeso, planície na qual se situava a praça que continha o templo do Olimpo, os soldados não atacavam o templo, já que era sagrado para ambos os lados do conflito. Como o templo tinha sua frente aberta, Zeus podia ser visto de qualquer ponto da praça. Deve ter sido uma cena e tanto...





Mausoléu de Halicarnasso


Quando: 350 a.C.
Quem: Sátiro e Pítis, e Briáxis, Escopas de Paros, Leocarés e Timóteo
Onde: Halicarnasso, na atual Turquia
Bibliografia:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Mausol%C3%A9u_de_Halicarnasso

Quando Mausolo (nome que derivou "mausoléu"), rei provinciano do império persa, faleceu, sua esposa e irmã Artemísia II de Cária mandou construir uma grande tumba que guardasse seu corpo. Convocou os mais talentosos artistas gregos da época (seu marido e irmão era um admirador daquele povo), dentre eles o escultor Escopa, que supervisionara a última reconstrução do templo de Artemis em Éfeso, bem como os escultores Briáxis, Leocarés e Timóteo, e os arquitetos Sátiro e Pítis. Erguida no século IV a.C., possuía 45 metros de altura.

As ruínas do mausoléu,
como encontram-se hoje
A tumba foi erigida (erguida) em uma colina tendo uma vista panorâmica da cidade. A estrutura ficava num pátio fechado, em cujo centro estava uma plataforma com a tumba. Uma escada, ladeada por estátuas de leões de pedra, levava ao topo da plataforma. Ao longo da parede exterior desta ficavam muitas estátuas descrevendo deuses e deusas. Em cada canto, guerreiros de pedra cavalgando guardavam a tumba. No centro da plataforma estava a tumba propriamente dita. Feita principalmente de mármore, era um bloco quadrado de um terço da altura de 45 metros do mausoléu. Esta seção era coberta de esculturas em relevo exibindo cenas de ação da mitologia e história grega. Uma parte exibia a Centauromaquia, batalha dos centauros com os Lápitas; outra, gregos em luta com as amazonas, uma raça de mulheres guerreiras.

No topo desta seção da tumba, trinta e seis colunas delgadas, nove por lado, erguiam-se por outro terço da altura. Ereta entre cada coluna estava outra estátua. Atrás das colunas estava um objeto resistente que carregava o peso do massivo telhado da tumba. O telhado, que englobava mais do terço final da altura, era uma pirâmide. De pé, no topo, ficava uma quadriga: quatro massivos cavalos puxando uma biga em que imagens de Mausolo e Artemísia passeiam.¹





Colosso de Rodes



Quando: séc. III a.C.
Quem: Carés de Lindos
Onde: ilha grega de Rodes, no Egeu
Bibliografia
: http://pt.wikipedia.org/wiki/Colosso_de_Rodes

Após a retirada das tropas do rei macedônio Demétrio, o povo de Rodes mandou construir o monumento em comemoração. O Colosso de Rodes foi uma estátua do deus grego do sol, Hélios, e foi construído entre 292 e 280 a.C., por meio da fundição do bronze dos armamentos ali abandonados pelos invasores. Com trinta metros de altura e 70 toneladas de bronze, era oco e tinha seus pés apoiados em cada margem que permitia o acesso ao porto, de forma que todas as embarcações passavam sob o colosso. Em sua mão direita havia um farol, que orientava as embarcações à noite. Diz-se que a estátua teria resistido por apenas 55 anos, tendo sido afundada por um terremoto, e ficando mergulhada até a chegada dos árabes, no século VII d.C., que a teriam comercializado como sucata.





Farol de Alexandria



Quando: séc. III a.C.
Quem: Sóstrato de Cnido
Onde: ilha de Faros
Bibliografia:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Farol_de_Alexandria
http://www.infoescola.com/grecia-antiga/farol-de-alexandria

A mando de Ptolomeu, o engenheiro grego Sóstrato de Cnido construiu o farol com uma base quadrada e uma torre octogonal em mármore, possuindo, no topo do farol, uma estátua de Poseidon, o deus dos mares. Com cerca de 150 metros de altura, competia com as pirâmides do Egito o posto da mais alta estrutura já feita pelo homem. Ao redor de sua chama, que queimava constantemente, havia um sistema de espelhos que ajudava na propagação da luz, atingindo esta uma distância de 50 km. Teria sido destruído no ano de 1375 por um forte terremoto e, em 1480, as pedras que restaram usadas para a construção de um forte no mesmo local. No ano de 1994, arqueólogos mergulhadores encontraram no mar grandes blocos de pedra e estátuas que teriam pertencido ao farol.


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