segunda-feira, 2 de maio de 2011

Desabafo




Nossa, que bela manhã! Um sol bem iluminado, clima gostoso, sono saciado e pessoas quebrando a parede na casa vizinha. Isso mesmo, acabo de ser acordado por pessoas dando martelada... Pela terceira semana consecutiva!


Mas de uma coisa não tenho gabarito para reclamar: os caras são bons no que fazem. Às 08:00h já dá pra começar a ouvir as pancadas lá no fundo do seu sono, e você pensa que está sonhando. Ainda atordoado, meio que dormindo, meio acordado, você já pensa que estão reformando a sua casa, ou melhor, o seu quarto, e não a casa do vizinho. E, vai a dica, nem adianta tapar os ouvidos com o travesseiro, pois o que ele faz é filtrar o estrondo, que entra ainda mais nítido nos ouvidos. Agora, quando você percebe que nem se parassem de bater naquele mesmo instante, você conseguiria voltar a dormir, eles param de bater. Não para menos, se você ainda assim insiste em pegar no sono, pois imagina, ou sente, por um momento, que há uma possibilidade de conseguir voltar a dormir, por menor que seja tal possibilidade, eles retornam às batidas.

Nada disso seria problema, claro, se eu não acordasse às 8:30h de segunda a sexta, e com direito ainda a dez minutos do modo soneca do celular. Mas, nesses dias, nem mesmo o modo soneca tenho usado mais. Nem o modo soneca! Aí já é demais. E olha que, na verdade, era pra ser bem pior...

Saudade danada de um desses...
O primeiro dia foi o mais belo. Imagine a surpresa de, às 07:00h da manhã, em um dia inesperado, começarem a quebrar piso e paredes com um martelo. Creio que qualquer um, na minha situação, teria feito o mesmo que fiz. Bem, eu não sabia do que se tratava, não imaginava que fosse uma reforma. Não sabia sequer quem e onde estavam fazendo aquilo. Pensava que fosse, na verdade, algum vizinho ajeitando algo em sua casa por hobby, assim como aquele outro vizinho problemático que tem como hobby a marcenaria (≠ maçonaria) em plena manhã de domingo. Enfim, após um bom tempo atordoado (pausa: acabo de descobrir a função do botão end... muito útil!), tentando entender o que se passava, decidi protestar. Levantei-me, corri até a cozinha, peguei duas tampas de panela e, na garagem de casa, parti pro panelaço. Claro que, pra surtir mais efeito, eu batia no ritmo do martelo.

Logo notei que outro vizinho juntou-se a mim, pois outro martelo começava a bater, sempre forte, como se ironizasse o primeiro. Me animei com o apoio, e resolvi largar as tampas e ir pegar a própria panela e uma colher de pau. Todo aquele sentimento negativo de ter sido acordado indevidamente já havia passado, e a essa altura eu já ria e me divertia bastante. Não demorou para que meu pai aparecesse perguntando se era eu quem fazia aquela zona. Não demorou também para que eu percebesse que vizinho algum havia se juntado à nobre causa: o segundo martelo era, na verdade, de outro trabalhador. Pois é, eram dois...

Perdi a batalha, mas não a guerra. No dia seguinte, o Agnelo, sujeito muito gente boa, notou minha "indireta" e orientou os rapazes que começassem a quebradeira somente a partir das 08:00h da matina. Quem sabe agora que me cansei demais escrevendo, e que pararam por mais alguns instantes de quebrar coisas, haja a possibilidade de eu dar só mais uma cochilada, por menor que seja tal possibilidade...

Abraços, Pedro Henrique.



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Um comentário:

  1. que massa, tu tirou uma foto sua enqt tava escrevendo...

    ps: gostei do cabelo

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