sábado, 29 de setembro de 2012

O Ciclo


Este vídeo é uma metáfora, um paralelo que traço entre o tempo e a alma, a vida e a morte. Afinal, seria a morte um fim, ou a continuidade de algo ininterrupto? Confesso que senti-me um pouco desconfortável ao fotografar esta temática, mas devemos rejeitá-la, ou encarar a ideia de que ela é uma realidade?

Apesar do teor do tema, o cemitério é um local cheio de vida. Se fecharmos os olhos por alguns instantes, o som constante dos pássaros e o uivo do vento sobre as folhas nos fazem esquecer que tem uma lápide bem do nosso lado. Vi aves que, para serem vistas, há de se percorrer alguns quilômetros para além da cidade, adentro do cerrado. A tranquilidade é tanta que dá até para tirar um cochilo! É um local de muita paz, embora, ironicamente, um sujeito tenha sido morto no Campo da Esperança há algumas semanas.

Não imaginava como fotografaria ao chegar lá. Tentei demonstrar o contraste entre túmulos recém-chegados, e outros já abandonados; entre túmulos de famílias ricas, e de gente humilde. Bem como, independente de crença, o evidente carinho por parte de quem fica.

Abraços, 
Pedro Henrique
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